Os passageiros em Buenos Aires verão as tarifas do metrô quadruplicarem na manhã de sexta-feira (17), consequência da política de austeridade do presidente Javier Milei.

Os preços do sistema de metrô mais antigo da América Latina subirão de 125 pesos (R$ 0,72) para 574 pesos (R$ 3,32), uma das mudanças da noite para o dia mais acentuadas desde que o governo de Milei assumiu o poder em 10 de dezembro.

Embora o metrô seja regulamentado pela cidade e operado por uma empresa, Milei está cortando subsídios federais para o transporte público de forma generalizada, forçando alguns governos locais a aumentar os preços.

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Um juiz argentino retirou nesta quinta-feira (16) uma ordem judicial temporária que suspendia o aumento de preços programado, permitindo que o plano avançasse, segundo o jornal La Nacion.

Os preços dos ônibus e trens na região metropolitana de Buenos Aires também já subiram, mas nenhum deles com uma mudança única como o metrô. Na verdade, o governo de Milei adiou aumentos adicionais nos preços dos transportes, e o aumento nas tarifas do metrô deveria acontecer no início deste ano.

As viagens de metrô estavam programadas para chegar a 757 pesos (R$ 4,38) até junho, de acordo com o diário oficial do governo municipal de fevereiro, embora não esteja claro agora se os preços continuarão a subir novamente no próximo mês.

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Embora as tarifas de metrô fortemente subsidiadas fossem amplamente vistas como insustentáveis, os argentinos em todo o país já se debatiam com uma inflação anual de 289%, um atraso no crescimento salarial e uma recessão cada vez mais profunda, mesmo antes do aumento dos preços de sexta-feira.

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