O Procon de São Paulo notificou a Ticketmaster, subsidiária da Live Nation Entertainment, na última sexta-feira (31), após a empresa global confirmar um ataque hacker em 20 de maio, que resultou em um vazamento de dados de 560 milhões de clientes da Ticketmaster. O órgão quer saber se cadastros brasileiros foram afetados.

Em um documento à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), a Live Nation afirmou que “identificou uma atividade não autorizada em um ambiente de banco de dados na nuvem de terceiros” contendo dados principalmente da Ticketmaster e “iniciou uma investigação com profissionais forenses líderes da indústria para entender o que aconteceu”.

Na semana passada, um grupo de hackers chamado ShinyHunters disse ter roubado dados de usuários de clientes da Ticketmaster. Os dados roubados incluiriam nomes, endereços, números de telefone e detalhes parciais de cartões de crédito de usuários. Esse grupo teria pedido US$ 500 milhões para não vender as informações.

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No Brasil, o órgão de defesa do consumidor de São Paulo questionou a empresa sobre a política de tratamento de dados e qual estratégia é adotada nessas situações. A Ticketmaster tem 48 horas para responder.

Segundo a Live Nation, a violação não teve e é improvável que tenha um impacto material nos negócios ou finanças. “Continuamos a avaliar os riscos e nossos esforços de remediação estão em andamento”, declarou.

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O grupo ShinyHunters ganhou fama entre 2020 e 2021 ao oferecer dados de clientes de mais de 60 empresas, de acordo com o Departamento de Justiça americano. Em setembro de 2023, mais de 200 mil cadastros de consumidores da Pizza Hut na Austrália tiveram dados vazados.