Sete países europeus emitiram uma declaração conjunta neste sábado (3), solicitando que a Venezuela publique as atas da eleição presidencial realizada em 28 de julho para assegurar “total transparência e integridade no processo eleitoral”.
A declaração foi assinada por Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal, que ressaltaram a necessidade de acompanhar de perto a situação e apoiaram o “apelo do povo venezuelano por democracia e paz”.
Os governos europeus expressaram “forte preocupação” em relação à Venezuela, citando acusações da oposição de que Nicolás Maduro teria forjado os resultados eleitorais para se declarar vencedor. A oposição divulgou supostas atas que indicariam a vitória de Edmundo González Urrutia, principal adversário de Maduro. Em resposta, os países europeus pediram a publicação rápida de todos os registros para garantir a transparência.
Paralelamente, alguns países da América do Sul, como Brasil, México e Colômbia, também emitiram uma nota pedindo a divulgação das atas eleitorais e a publicação pública dos dados detalhados por mesa de votação. No entanto, esses estão mais “em cima do muro”, sem ainda declarar fraude no processo ou que ele tenha seguido os conformes.
Outros países americanos, incluindo Estados Unidos, Peru, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá reconheceram diretamente a vitória de González nas eleições. A Argentina, no entanto, oscilou em sua posição, inicialmente pedindo as atas, depois reconhecendo a vitória de González, e posteriormente voltando atrás.
Em contraste, países como Cuba, Nicarágua, Honduras, Rússia e China reconheceram publicamente a vitória de Maduro.