As autoridades do Reino Unido estão preocupadas com a participação de menores de idade nos protestos anti-imigração que explodiram especialmente na Inglaterra e na Irlanda do Norte após um atentado a faca numa escola de dança que deixou três meninas mortas no início do mês em Southport.

Das quase 500 prisões feitas pela polícia durante e após os distúrbios, atos vandalismo e agressões, 17 eram jovens com 17 anos ou menos e três eram menores de 16 anos. O mais jovem, segundo a polícia, tem apenas 11 anos.

Os dados foram passados ao The Times pelo chefe de polícia Gavin Stephens, que é presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC, na sigla em inglês). Ele alertou os jovens para não arruinarem suas perspectivas de vida, optando por se envolver em qualquer desordem nacional em andamento.

Um adolescente que comemorou seu aniversário de 18 anos juntando-se a tumultos em Hartlepool e atacando policiais foi enviado para uma instituição para jovens infratores por um ano e oito meses. Ele foi flagrado quebrando janelas e jogando tijolos e garrafas na polícia.

Quando foi preso, ele disse à polícia que estava tudo bem, pois “todo mundo está fazendo isso”. O juiz do tribunal de Teeside que julgou seu caso disse antes da sentença que a data que deveria ter sido alegre e motivo de comemoração, mas acabou com sua participação em uma multidão “feia, agressiva e violenta”.

Num outro caso, um menino de 15 anos se declarou num tribunal culpado de desordem violenta no centro de Liverpool depois de ser identificado em um vídeo do TikTok.

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O número total de prisões devido à desordem violenta após os assassinatos de Southport até agora é de 483, enquanto 149 acusações foram feitas, disse o NPCC.