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Polícia Federal indicia ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, ex-chefe da PRF e mais 4

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira (16), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por supostamente terem atuado para impedir o comparecimento de eleitores na região Nordeste do país, durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. 

As informações foram publicadas inicialmente pelo blog da jornalista Natuza Nery, no G1

Além de Torres e Silvinei, a PF indiciou 4 policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça para atuar naquela eleição: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

No dia da votação em segundo turno, a PRF bloqueou uma série de estradas na região Nordeste, em operações suspeitas, de acordo com a PF – sem que o comando da corporação tomasse qualquer providência. 

As estradas só foram desbloqueadas depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – e que, à época, presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, ameaçar dar ordem de prisão aos envolvidos. 

Além dos indiciamentos, a PF solicitou ao STF mais tempo para fazer outros interrogatórios e concluir o relatório final sobre o caso. 

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Torres e Silvinei

Anderson Torres ficou preso entre janeiro e maio, por suposta omissão diante dos ataques às sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no dia 8 de janeiro de 2023. Na época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. 

Na semana passada, Moraes também determinou a soltura de Silvinei Vasques, que estava preso desde agosto de 2023, por ordem do STF. 

Em sua decisão, Moraes determinou que Silvinei cumpra uma série de medidas cautelares, sob pena de retornar à prisão. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica e terá suspenso o seu porte de armas.

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Além disso, seu passaporte será cancelado, ele terá de se apresentar, semanalmente, à Justiça e não poderá se comunicar com os demais investigados no inquérito.

A defesa de Silvinei argumentou que o ex-chefe da PRF não oferecia riscos ao andamento das investigações. Os advogados também alegavam que seu cliente enfrenta problemas de saúde.

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