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os planos do Enjoei para levar moda circular ao mundo físico

O mercado de segunda mão pode chegar a R$ 78 bilhões no Brasil nos próximos três anos, de acordo com um estudo do Boston Consulting Group (BCG). Globalmente, o mercado de moda circular deverá atingir US$ 350 bilhões até 2028 e representar 10% da moda mundial já em 2025, segundo o Relatório de Revenda da ThredUp, plataforma americana de consignação on-line.

A reutilização de peças de vestuário é uma das tendências observadas no país e a pesquisa do BCG, encomendada pelo Enjoei, maior e-commerce de itens usados do Brasil, revela que o mercado offline (lojas físicas) é quatro vezes maior que o digital e deve movimentar R$ 58 bilhões no Brasil até 2027. “A alta é impulsionada pela crescente conscientização dos consumidores sobre os impactos da indústria da moda no meio ambiente e pela busca por alternativas mais sustentáveis”, diz Joel Queiroz Junior, COO do Enjoei.

Por isso, o Enjoei acredita que expandir do virtual para o físico faz todo sentido e anuncia um plano de abertura de lojas com 300 unidades nos próximos três anos, por meio de um modelo de franquias. O projeto começa pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e já há três lojas abertas. A primeira delas, na Vila Madalena, em operação desde abril deste ano, está com faturamento superior ao previsto inicialmente.

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Segundo o executivo, as lojas físicas ajudam a reforçar o pioneirismo do Enjoei na economia circular e a transgredir o ciclo da moda. “Somos pioneiros e líderes nessa mudança de comportamento do consumidor e a expansão para o varejo físico é importante para a estratégia da empresa por permitir alcançar novos públicos e consolidar a marca como líder no mercado de moda circular no Brasil”, afirma.

Com mais de um milhão de compradores e um milhão de vendedores ativos na plataforma, o Enjoei superou a casa do R$1 bilhão em vendas em 2023 e vai expandir os negócios com ajuda das franquias no ambiente físico. O projeto está desenhado para lojas de rua de 200 a 300 m2, com 8 a 12 funcionários, e investimento inicial a partir de R$ 650 mil.

“O modelo prevê a operação da loja física pelo franqueado, com suporte e treinamento da franqueadora, que fornece ferramentas exclusivas de precificação e gestão. Todo o desenho foi feito a partir dos 15 anos de experiência de compra-venda online”, diz Queiroz.

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Os franqueados também vão contar com apoio na escolha do ponto da loja usando a base de dados do banco de clientes da plataforma. Além disso, o modelo se destaca pela gestão de estoque diferenciada, que além de outras tecnologias, utilizará uma plataforma própria e exclusiva de precificação.

As lojas físicas também seguirão o conceito de economia circular e sustentabilidade, com uma

curadoria de peças únicas e diversificadas. “O foco das vendas são produtos usados, fazendo a moda circular”, diz o COO. Ele destaca ainda que todos os produtos são exclusivos. “Cada item é uma oportunidade única”

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As marcas mais procuradas na plataforma, que também estarão à venda nas lojas físicas, são Zara, Farm, Le Lis Blanc, Nike e Adidas. Para garantir os produtos, o processo de compra e venda das lojas é simples e ágil, tanto para o franqueado, quanto para o consumidor: as pessoas que desejam vender itens usados em bom estado de conservação levam às lojas para a triagem de suas peças, que serão avaliadas pela equipe de triadores. O pagamento dos itens é realizado na hora, via PIX ou créditos que poderão ser usados na própria loja.

A expansão para o varejo físico faz parte da estratégia de crescimento do Grupo Enjoei iniciado no ano passado. Em 2023, o grupo anunciou a compra de 25% de participação no Cresci e Perdi, maior rede de franquias de produtos infantis usados do país, com direito a compra total em 2027. “Essa aquisição trouxe para dentro da companhia a expertise e conhecimento do mundo físico. O modelo de triagem imediata e pagamento em pix/créditos na hora veio desse benchmark”, afirma Joel.

Os interessados em abrir uma loja franqueada do Enjoei podem se candidatar pelo site.

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