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Operadoras de planos de saúde têm lucro de R$ 5,6 bi no primeiro semestre deste ano

As operadoras de planos de saúde registraram lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre do ano. Os dados econômico-financeiros dos primeiros seis meses do ano foram divulgados nesta terça-feira (3) pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

O resultado equivale a aproximadamente 3,27% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 170 bilhões. Ou seja, para cada R$ 100 de receita, o setor arrecadou cerca de R$ 3,27 de lucro ou sobra.

De acordo com a agência, nos números agregados, o desempenho econômico-financeiro é o mais positivo para um primeiro semestre desde 2019, com exceção de 2020 que teve o melhor resultado em razão da pandemia de Covid-19.

Além disso, pela primeira vez desde 2021, as operadoras médico-hospitalares – que são o principal segmento do setor – fecharam o primeiro semestre do ano com saldo positivo na diferença entre as receitas e despesas diretamente relacionadas às operações de assistência à saúde, com resultado operacional de R$ 2,4 bilhões, patamar próximo ao dos anos pré-pandemia de Covid-19.

Importante destacar que essa recuperação do resultado operacional se deu em todas as modalidades, exceto autogestões, que tiveram prejuízo operacional na ordem de R$ 1,1 bilhão, semelhante ao mesmo período do ano anterior.

A remuneração das aplicações financeiras acumuladas pelas operadoras médico-hospitalares – que totalizaram R$ 116,6 bilhões ao final de junho – continua a contribuir fortemente com a composição do seu resultado líquido total. No primeiro semestre de 2024, o resultado financeiro foi positivo em R$ 4,4 bilhões.

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“Temos observado que o resultado operacional tem sido o principal responsável pela melhora do resultado líquido das operadoras neste primeiro semestre do ano. Vale destacar que temos os melhores números desde 2021. Isso reforça que estamos em sólido caminho de retomada dos saldos positivos e que é o momento favorável para que as operadoras concentrem seus esforços no aumento da qualidade dos serviços, em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, como temos recomendado na agência”, analisa o diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS, Jorge Aquino.

A Abramge Associação Brasileira de Planos de Saúde reforça a indicação de recuperação do setor, mas alerta que é preciso acompanhar os próximos meses.

“A notícia é positiva para os beneficiários, interessados diretos e razão de ser do setor, que, com maior equilíbrio financeiro se mantém hígido para cumprir seus contratos e sustentar o acesso à saúde privada no Brasil”, diz Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge.

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Ele lembra, no entanto, que historicamente o segundo e o terceiro trimestre são marcados por influenza, doenças virais e respiratórias que se acumulam com os demais tratamentos, trazendo despesas assistenciais mais elevadas.

“Por isso é importante aguardarmos mais alguns períodos para entender se o setor conseguirá chegar ao final desse ano nos moldes pré pandêmicos e, a partir daí, ampliar de maneira mais vigorosa o acesso da população brasileira ao sistema de saúde suplementar”, comenta.

Sinistros

A sinistralidade, principal indicador que explica o desempenho operacional nas operadoras médico-hospitalares, registrou o índice de 85,1% (3,6 pontos percentuais abaixo do apurado no mesmo período do ano anterior), o que indica que em torno de 85,1% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais.

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Esta é a menor sinistralidade registrada desde 2018 para um segundo trimestre, exceto o caso atípico de 2020 devido à pandemia.

É possível verificar que a sinistralidade das operadoras médico-hospitalares vem caindo consistentemente desde o fim de 2022. O agregado do setor chegou 84,8% e a mediana chegou a 81,3%, valores semelhantes aos observados em 2019, período de pré-pandemia.

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