O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (1º), que no Brasil não haverá uma política de desoneração da folha de pagamentos para favorecer os mais ricos e que ela tem de estar ancorada com o compromisso de geração de empregos.
“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha, quando o trabalhador ganha, mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantia para quem está trabalhando…”, disse.
“Eu quero dizer, no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos, e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, ressaltou ele, durante evento em São Paulo em comemoração ao Dia do Trabalhador.
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As declarações de Lula ocorrem em meio ao embate do governo federal com o Congresso Nacional, especialmente com o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), dias após o governo ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e obtido uma liminar para suspender a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e milhares de municípios.
Pacheco, um dos principais entusiastas da desoneração, já declarou que foi um erro o governo ter ido ao STF para suspender a política.
Imposto de Renda
No ato, Lula destacou que a economia brasileira e o salário voltaram a crescer e prometeu, mais uma vez, que, até o fim do seu mandato, a isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) vai atingir trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês.
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O presidente aproveitou o evento para sancionar uma lei que altera a tabela progressiva do Imposto de Renda (aqueles que ganham até R$ 2.864 por mês estão isentos) e um decreto que promulga uma convenção para prever medidas a serem adotadas para que trabalhadores domésticos tenham condições de trabalho decentes.
Campanha
Sob forte sol e na presença de 8 ministros, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), de sindicalistas e políticos, Lula fez um claro pedido de voto para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol). A conduta do presidente, em tese, é vedada antes do período eleitoral propriamente dito.
“Esse, esse rapaz, esse jovem, esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele, ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, e ele está disputando contra o nosso adversário municipal”, disse.
“Ele está enfrentando três adversários e por isso eu quero dizer para vocês, ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 89, em 94, em 98, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, dizem votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, reforçou Lula, ao lado do parlamentar.