Morreu nesta sexta-feira (8), aos 80 anos, o economista Ibrahim Eris, que presidiu o Banco Central (BC) durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre março de 1990 e maio de 1991.

Nascido na Turquia, onde se graduou em Economia e Estatística na Middle East Technical University, Ibrahim fez doutorado na Universidade de Vandelbild e emigrou para o Brasil, em 1973, tornando-se professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP).

Eris foi convidado por Luis Paulo Rosenberg para ser seu vice-presidente no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ocasião em que realizou diversos trabalhos para o Ministério do Planejamento, pasta comanda por Antônio Delfim Netto. Quando deixou o Ipea, passou a dedicar-se a atividades de consultoria.

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Um pouco antes das eleições de 1989, o economista foi convidado por Zélia Cardoso de Mello para integrar o grupo que elaborou o programa econômico do candidato Fernando Collor de Mello. Com sua eleição, Eris mudou-se para Brasília e continuou a fazer parte da equipe econômica liderada por Zélia.

No início de sua gestão no BC, a inflação brasileira estava em torno de 1.000% ao ano. Ele integrou a equipe responsável por implantar o chamado “Plano Collor”, um conjunto de reformas econômicas que não conseguiu estabilizar a inflação.

Em nota, a diretoria do Banco Central disse ter recebido com pesar a notícia do falecimento do economista.

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“Eris não mediu esforços no trabalho de assegurar para a sociedade brasileira uma economia estável e com inflação controlada. Por onde passou, Eris deixou sua marca de alto profissionalismo e empenho no que fazia. A Diretoria do Banco Central presta suas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Eris neste momento de dor.”

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