Parece que não será dessa vez que a recuperação do setor educacional virá, de acordo com o Morgan Stanley. Em revisão das recomendações do setor, o banco entende que o setor continuará com múltiplos baixos. A análise destaca que a sustentabilidade de demanda ainda é incerta e que a alavancagem dos players ainda persiste.
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A piora na regulação faz com que o ensino à distância fique ainda mais arriscado, segundo o banco. O momento atual é composto por mais regulamentação através do Ministério da Educação e Cultura (MEC), enquanto há ainda aguardo por uma regulação própria. O banco destaca que é possível que a nova legislação seja ainda menos favorável.
“Os catalisadores são escassos, a criação de valor depende de fusões e novas vagas em medicina. Os lucros são importantes, com desempenho atrelado à macroeconomia e ao número de matrículas”, considera o Morgan.
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No primeiro semestre, as perspectivas do setor foram consideradas deterioradas, considerando os pontos de incerteza tanto para o setor quanto para as empresas separadamente.
Reforço de apostas
Dentre as apostas do Morgan, estão a Cruzeiro do Sul (CSED3) que foi elevada de equal-weight (similar à neutro, em inglês) para overweight (similar à compra, em inglês) mas teve seu preço alvo reduzido de R$ 5,50 para R$ 5,00.
Cruzeiro do Sul aparece como uma das preferidas do Morgan junto com a Anima (ANIM3), mantida como overweight; o banco vê um ciclo favorável de geração de caixa e desalavancagem, apesar do potencial fraco de crescimento das matrículas no futuro e das taxas de juro persistentemente elevadas.
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Além disso, houve mais uma elevação de recomendação, apesar de não estar na lista de preferidas do banco. A Ser Educacional (SEER3), antes vista como underweight (similar à venda, em inglês), foi majorada para equal-weight. A educacional também teve seu preço cortado, de R$ 6,50 para R$ 6,00. A recomendação mudou considerando o melhor momento de lucros apresentado pela companhia, com processo de recuperação em 2024 com comparativos fáceis. Além disso, o banco destacou também os gatilhos de potencialmente novas vagas de medicina, para os dois nomes.
Nomes rebaixados
A estreante na Bolsa brasileira, Vitru (VTRU3) teve sua recomendação rebaixada por riscos regulatórios. A companhia passou de equal-weight, do overweight anterior. O banco também citou a relação de risco-retorno mais negativa após rali pós-listagem na B3. O preço foi reduzido também de R$ 20,00 para R$ 19,50.
A Vasta também passou por revisão tanto de preço quanto de classificação, com queda para underweight (do anterior equal-weight). A meta de preço foi para US$ 3,00, dos US$ 4,50 antes estimados.
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Setor mais barato
Outros nomes tiveram sua recomendação mantida mas os preços alvos foram revisados. Para Yduqs (YDUQ3), Cogna (COGN3) e Anima (ANIM3), os preços passaram de R$ 20,50 para R$ 14,50, de R$ 2,70 para R$ 2,00; e de R$ 6,00 para R$ 4,50, respectivamente.
Confira a revisão das recomendações e preços-alvo:
Empresa | Recomendação | Preço-alvo |
Cruzeiro do Sul | Overweight (de Equal-weight anterior) | R$ 5,00 (antes R$ 5,50) |
Anima Educação | Overweight | R$ 4,50 (antes R$ 6,00) |
Vitru | Equal-weight (de Overweight anterior) | R$ 19,50 (antes R$ 20,00) |
Yduqs | Equal-weight | R$ 20,50 (antes R$ 14,50) |
Cogna | Equal-weight | R$ 2,00 (antes R$ 2,70) |
Ser Educacional | Equal-weight (de Under-weight) | R$ 6,00 (antes R$ 6,50) |
Afya | Equal-weight | R$ 19,00 (antes R$ 21,00) |
Vasta | Under-weight (de Equal-weight) | R$ 3,00 (antes R$ 4,50) |