Tendências de margens positivas, mas os olhos voltados do mercado para uma recuperação mais forte das operações online. De qualquer forma, a visão do mercado foi positiva para o resultado do terceiro trimestre de 2024 (3T24) do Magazine Luiza (MGLU3), que segue focada na recuperação da sua rentabilidade.
A XP aponta que o desempenho ainda é moderado, mas em recuperação, da receita e uma melhora consistente da rentabilidade com base em ajustes de preços e alavancagem operacional.
Os analistas da casa ressaltam que o GMV (volume bruto de mercadorias) total cresceu +4,5% ano a ano, mais uma vez apoiado por um forte desempenho de lojas físicas (SSS de +15,2%), que provavelmente resultou de um cenário competitivo mais favorável, e uma pequena aceleração do online (+1,3% versus +0,9% no 1T), já que o canal continua a enfrentar um ambiente macro difícil.
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A rentabilidade foi mais uma vez o destaque, com a margem bruta aumentando 1,1 p.p. anualmente, para 31,5%, atingindo o maior nível em sete anos, depois que a empresa conseguiu repassar totalmente o DIFAL. Enquanto isso, a margem Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/receita líquida) ajustada aumentou em +2,3 pontos percentuais (p.p.) anualmente, devido à alavancagem operacional e aos melhores resultados da LuizaCred (lucro líquido de R$66 milhões versus prejuízo de R$ 15 milhões no 3T23).
Finalmente, o lucro líquido ajustado consolidado atingiu R$ 70 milhões, superior à projeção da XP de dado positivo em R$ 20 milhões, por conta de impostos mais baixos, enquanto a geração de caixa foi positiva em R$ 120 milhões, impulsionado por melhores resultados operacionais, embora a alavancagem tenha aumentado 0,1 vez no trimestre para 1,1 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda.
O Itaú BBA apontou que os resultados do 3T24 do Magazine Luiza ficaram amplamente em linha com as suas estimativas. Mais uma vez, o desempenho das lojas físicas se destacou, com vendas nas mesmas lojas (SSS) atingindo 15,2%, o que foi 240 pontos-base (bps) acima de suas projeções.
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Por outro lado, o crescimento do GMV online permaneceu modesto, aumentando apenas 1% ano a ano. Do lado da lucratividade, ganhos consistentes de margem bruta, diluição de despesas gerais e administrativas e fortes resultados na divisão LuizaCred levaram a uma expansão da margem Ebitda (ex-IFRS) de 230 pontos-base ano a ano para 5,6%, o que foi 20 bps acima de suas previsão. Como resultado, o resultado final mostrou uma melhora a/a decente, atingindo R$ 39 milhões após ajustes para subvenção de ICMS.
“As tendências de melhoria foram sustentadas, mas o crescimento online ainda não se materializou. Beneficiando-se de preços mais competitivos após o repasse do DIFAL e uma recuperação gradual no consumo, a loja física manteve seu momento positivo. No entanto, os investidores continuam focados no cronograma para a empresa retomar o crescimento nas vendas online. Nessa frente, o Magalu tem feito esforços para fortalecer sua proposta de valor, como os investimentos em centros de distribuição, a parceria com a Aliexpress e o lançamento da CDC Digital. Apesar desses esforços, o crescimento ainda não se materializou. Com a empresa sendo negociada a 12 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) esperado para 2025, o que se alinha com a média do setor, optamos por ficar de fora por enquanto”, avalia o BBA.
Mais otimista e com recomendação de compra, a Genial ressalta que a perspectiva para os próximos trimestres permanece otimista, especialmente com o avanço do canal digital e a parceria com o AliExpress, que pode agregar valor ao marketplace. “A continuidade dessa trajetória de melhoria nos resultados financeiros e operacionais coloca o Magazine Luiza em uma posição sólida para capturar oportunidades no mercado e-commerce e no varejo físico”, avalia.
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