A Hapvida (HAPV3) registrou lucro líquido de R$ 83,4 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de R$ 341,6 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Contando efeitos não recorrentes, como a entrada de R$ 12,3 milhões referentes a baixa do investimento com a venda da Maida Health, a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 506,9 milhões, alta de 53,3% na comparação anual.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de 1,011 bilhão, com alta de 59,4%. De acordo com a Hapvida, a cifra foi a maior alcançada pela empresa desde a combinação de negócios com a NotreDame Intermédica. A margem Ebitda foi de 14,5%, com crescimento de cinco pontos percentuais na mesma base de comparação.
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A receita líquida da companhia cresceu 3,9%, para R$ 6,991 bilhões, em bases anuais, com o impulso de ajustes no valor dos planos de saúde. O tíquete médio da companhia teve um aumento de dois dígitos, passando de R$ 236,10 no início de 2023 para R$ 261,10 no primeiro trimestre deste ano.
A companhia admite estar passado por um “período desafiador” em termos de beneficiários. Contando planos de saúde e odontológicos, a base sofreu uma retração de 1,9% na comparação anual, para 15,812 milhões de clientes. A Hapvida explica que a recomposição de preços é “necessária para o equilíbrio econômico dos contratos”. E afirma estar em busca de uma carteira mais rentável e sustentável.
Queda de sinistralidade
A Hapvida também conseguiu reduzir sua sinistralidade caixa para 68% nos três primeiros meses de 2024. Segundo a companhia, trata-se do menor nível desde a fusão com a NotreDame. No quarto trimestre de 2023, o indicador estava em 69,3%. Entre janeiro e março do ano passado, em 72,3%.
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Além de uma menor frequência de utilização no período, a Hapvida diz que a redução da sinistralidade tem a ver com reajuste de preços, aumento da verticalização e medidas de controle de custo.
A companhia continua elevando seu nível de verticalização e terminou o trimestre com 801 unidades assistenciais próprias, entre clínicas, hospitais e unidades de medicina diagnóstica. “Continuamos investindo na racionalização do uso de nossa rede própria, com consequente redução de nossa exposição à rede credenciada”, diz o texto que acompanha o balanço.
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A administração também destaca que impactos da epidemia de dengue em março devem ser sentidos nos meses subsequentes, já que as consultas e exames foram mais crescentes no período, sobretudo na rede credenciada.
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Redução da dívida líquida
Em seu resultado financeiro, a Hapvida terminou o trimestre com uma despesa líquida de R$ 256,2 milhões. Houve uma redução de 16,4% em relação ao resultado do quarto trimestre de 2023 e de 40,4% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
O caixa líquido da companhia terminou o primeiro trimestre em R$ 7,76 bilhões, uma redução de R$ 132,4 milhões em relação ao valor registrado ao final do último mês de dezembro. A Hapvida explica que a redução está relacionada ao pagamento de principal e juros, compensado, parcialmente, por rendimentos sobre aplicações financeiras e fluxo de caixa livre de R$ 613,9 milhões.
No primeiro trimestre, as atividades de M&A geraram R$ 34,8 milhões a Hapvida. No período, a companhia recebeu R$ 21,7 milhões da parcela remanescente da venda da São Francisco Resgate, realizada em agosto de 2023. Também embolsou R$ 20,8 milhões pela operação da Maida Health.
A dívida líquida terminou o período em R$ 4,392 bilhões, o equivalente a 1,13x o Ebitda da companhia, implicando em redução considerável de alavancagem comparada a um antes (2,32x). No último dia 6 de maio, o conselho de administração da Hapvida aprovou mais uma emissão de debêntures, no valor de R$ 1 bilhão.