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Governo concede cinco terminais em PE, RS e RJ em 1º leilão portuário do ano

SÃO PAULO (Reuters) – O governo federal conseguiu arrendar cinco áreas portuárias em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro nesta quarta-feira, em leilão que contou com poucos grupos interessados, mas intensa disputa por viva-voz.

O leilão envolveu três áreas no Porto de Recife (PE) — REC08, REC09 e REC10 para graneis como milho e arroz — uma no Porto de Rio Grande (RS) — RIG10 — e uma no Porto do Rio de Janeiro (RJ) — RDJ06.

O certame, o primeiro de arrendamentos portuários neste ano, deveria ter ocorrido no final de maio, mas foi adiado para esta quarta-feira por causa das chuvas no Rio Grande do Sul.

A primeira área – REC08, destinada a movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e com previsão de investimentos de 51 milhões de reais – foi vencida com apenas um interessado que ofertou 50 mil reais pelo contrato de 10 anos. A empresa vencedora foi a Liquiport, que atua no Porto de Vitória e tem operações no Porto de Recife desde 2022.

A área REC09 – voltada a movimentação e armazenagem de granel sólido e carga geral, especialmente arroz, e com previsão de investimentos de 2,2 milhões de reais – foi arrematada pela Usina Petribú, que afirma ser a usina de cana-de-açúcar mais antiga em operação no Brasil. A empresa começou com proposta de 50 mil reais e venceu a rodada de lances viva-voz contra a Natrio, especializada em importação e distribuição de granéis sólidos, com oferta de 550 mil reais.

A Natrio, porém, venceu a área REC10 – dedicada para movimentação e armazenagem de granéis sólidos e cargas gerais e com estimativa de investimento de 2,9 milhões de reais. A empresa, que considera a área como estratégica para sua expansão, começou com lance de 100 mil reais e venceu a outra interessada no ativo, a Agemar Transportes, com oferta de 3,6 milhões pela outorga de 10 anos.

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O terminal no Porto de Rio Grande foi arrematado por 50 mil reais, com oferta feita apenas pela gaúcha Sagres Operações Portuárias. A área – RIG10 – tem expectativa de investimento de 7,8 milhões de reais e é voltada a movimentação e armazenamento de carga geral.

Também com uma única proponente, a área portuária no Rio de Janeiro – RDJ06 – foi arrematada pela carioca Iconic, uma parceria entre Chevron Brasil Lubrificantes e a Ipiranga Lubrificantes, do grupo Ultrapar, com lance de 500 mil reais. A área para armazenagem e movimentação de carga geral líquida, prevê 10,1 milhões de reais em investimentos.

“ÁREA DO MEIO” E STS10

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou após o leilão que o próximo certame portuário deste ano será realizado em outubro e será seguido por um terceiro, em dezembro.

O destaque do pregão de outubro será a área nova (greenfield) em Itaguaí (ITG02), no Rio de Janeiro, localizada em um dos principais portos brasileiros exportadores de minério de ferro e conhecida como “área do meio”. A previsão de investimento é de cerca de 3 bilhões de reais.

A área ITGO2 está interligada por ferrovia (MRS) até a região do quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais. O projeto prevê a construção de um píer exclusivo para a área, que já conta com operações do grupo CSN (CSNA3) e da Vale (VALE3).

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O ministro ainda afirmou que o leilão da área STS10, no Porto de Santos, e que atrai interesses de gigantes internacionais de logística como Maersk, será realizado em 2025.

“Ao longo destes oito meses temos remodelado a proposta… ao lado do TCU (Tribunal de Contas da União)”, disse o ministro. “Entendemos a importância de ampliar a competitividade e a capacidade do Porto de Santos. Até 2050 teremos o Porto de Santos competitivo e atraindo investidores nacionais e internacionais que queiram ampliar investimentos em Santos”, afirmou Costa Filho.

O leilão da grande área STS10 tinha uma expectativa de ser realizado em 2022, com uma previsão de investimento de cerca de 3,3 bilhões de reais.

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