O Ministério Público da Espanha pediu à Justiça, nesta quinta-feira (25), que arquive a investigação por suposta corrupção da mulher do primeiro-ministro Pedro Sánchez. O processo foi aberto após denúncia de apoiadores da extrema direita, que admitiram que as alegações se baseavam em reportagens da imprensa.

Na quarta-feira (24), Sánchez, cujo partido socialista governa a Espanha desde 2018, ameaçou renunciar devido ao que chamou de infundada “operação de assédio e bullying” travada contra ele e sua esposa por adversários políticos e midiáticos.

O primeiro-ministro afirmou que a “gravidade dos ataques” que ele e sua esposa, Begoña Gómez, estavam sofrendo, o levaram a reavaliar sua posição, e que revelaria sua decisão na segunda-feira (29).

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No pedido de arquivamento, o MP argumentou que a queixa não contém provas para os alegados crimes de tráfico de influência e corrupção denunciados pelo grupo “Manos Limpias”, segundo o jornal espanhol El País.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, o “Manos Limpias” pareceu mais cauteloso sobre as alegações que embasaram sua denúncia. O grupo escreveu que exerceu seu direito de submeter o assunto a um juiz, que estaria em melhor posição para determinar se as reportagens que indicavam suspeitas de corrupção contra Gómez eram verdadeiras.

“Se não forem verdadeiras, quem as publicou deve assumir a responsabilidade”, diz o comunicado. “Mas, se não forem inverídicas, entendemos que a investigação judicial deve continuar.”