Depois de participar do Dia do Investidor da SLC (SLCE3), que aconteceu na primeira fazenda da empresa, a famosa Pamplona (em Cristalina/GO), alguns analistas de mercado reiteraram visão positiva para as ações, enquanto outros ainda esperam para ver antes de recomendar o papel.
O Itaú BBA ressaltou os fundamentos de longo prazo do papel, considerando a empresa como a produtora de menor custo no segmento agrícola brasileiro, com uma capacidade única de sustentar rendimentos acima da média enquanto se expande. O banco reconhece que o momento de curto prazo pode permanecer fraco enquanto os preços das commodities caem em dólares, mas a recente depreciação do real pode compensar parcialmente essa tendência.
Olhando para o futuro, segundo o BBA, potenciais ventos favoráveis de La Niña no segundo semestre de 2024 podem servir como um catalisador, embora os investidores estejam hesitantes em confiar apenas nisso, pois a probabilidade de um evento de intensidade fraca aumenta.
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O JPMorgan, por sua vez, ressalta que a SLC está otimista em relação à safra 2024/2025 (câmbio, hedge, redução de preços de insumos, boa perspectiva climática) e confiante de que pode manter seu retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) médio acima de 20% apoiado pela tecnologia em melhoria.
Com a confirmação de um ano de La Niña, espera-se que os rendimentos de soja quebrem recordes da empresa.
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Segundo o relatório, La Niña começa em agosto e provavelmente será fraca, mas as tendências definitivamente apontam para a normalização da produtividade. A expectativa inicial é de 3 sacas adicionais por hectare acima da média, o que implicaria o melhor ano para os rendimentos de soja da empresa. Quanto ao algodão, espera-se que os rendimentos aumentem no médio prazo à medida que reduz a lacuna entre suas próprias fazendas.
Já os rendimentos da segunda safra de milho sofreram, pois a janela de plantio no estado do Maranhão foi muito estreita, afetando significativamente a produtividade na região.
A empresa também vê um potencial de valorização substancial dos preços das terras nas regiões onde opera. O valor do banco de terras aumentou cerca de 7% este ano, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 14,15% desde o IPO em 2007, superando o CDI em 7,9%. O preço médio da terra para a empresa é de US$ 10.000/ha, em comparação com 20 mil no sul do Brasil, 20 a 30 mil nos EUA e 15 mil na Argentina.
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Tanto JPMorgan quanto Itaú BBA reiteraram recomendação equivalente à compra para ação da SLC e preço-alvo de R$ 24.
Enquanto o JPMorgan e o BBA recomendam compra, a XP aponta maior cautela.
Os analistas ressaltam que a recente divulgação de sua avaliação de terras foi uma surpresa positiva e bem-vinda e foi o assunto mais discutido no evento, embora sem um consenso claro. O CEO Aurélio Pavinato destacou o aumento de preços na Bahia como um dos motivos, que junto com o Maranhão pode continuar surpreendendo.
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“Consideramos a posição de referência da SLC inquestionável, e é sempre difícil criticar o líder, mas preferimos visualizar até onde os preços do algodão e dos grãos podem chegar, bem como o desempenho das margens dos produtores na próxima safra, antes de sugerir uma recomendação de compra”, aponta a XP.