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Dólar vira para alta na reta final e fecha a R$ 5,60; fiscal e exterior pressionam

O dólar chegou a cair forte na sessão e operar a R$ 5,52, mas foi diminuindo as perdas ao longo do dia e virou para alta na reta final desta sexta-feira (19). A pressão veio da persistente desconfiança em relação à política fiscal brasileira e da alta da moeda norte-americana no exterior.

A semana acabou marcada pela renovação da percepção de risco fiscal no Brasil e força do dólar no exterior frente moedas emergentes. Com isso, a moeda norte-americana acumulou ganho de 3,20% frente ao real entre segunda e sexta.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial subiu 0,30%, a R$ 5,604 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) disparou 0,92%, a 5.611 pontos.

Na quinta-feira, a divisa encerrou o dia cotado a R$ 5,5887 na venda, em alta de 1,89%. Com valorização concentrada nos três últimos dias, a moeda norte-americana avançou 3,20% na semana.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,604
  • Venda: R$ 5,604

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,628
  • Venda: R$ 5,808

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O que aconteceu com o dólar hoje?

O dia começou com o dólar à vista em queda frente ao real, após o governo federal apresentar uma plano de contingenciamento de R$ 15 bilhões em gastos no Orçamento, uma medida com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal.

Entretanto, ao longo do dia, a persistente desconfiança em relação à política fiscal brasileira ganhou mais força e fez a cotação virar para alta, com pressão externa da força do dólar frente pares pares do real, como o peso mexicano e o peso chileno. Os rendimentos dos Treasuries americanos também subiam, dando suporte ao dólar.

“Tivemos uma abertura refletindo alívio no risco fiscal… Um alívio pontual por uma questão local. Depois nos alinhamos ao exterior”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.

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Na mínima, o dólar à vista atingiu R$ 5,522 nesta sexta-feira, mas fechou próximo da máxima, aos R$ 5,603.

A semana e o dia foram marcados pela renovação da percepção do risco fiscal, enquanto o mercado espera a apresentação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas do governo, na próxima segunda-feira (22). No momento, o entendimento de analistas e gestores é de que os R$ 15 bilhões congelados estão longe de resolver a questão fiscal e evitar a expansão da dívida pública.

No exterior, o índice do dólar (DXY) teve seu segundo avanço diário consecutivo, levando a moeda a seu primeiro ganho semanal em três semanas, recuperando-se em linha com os dados econômicos recentes dos EUA, as tensões eleitorais e preocupações com a falha tecnológica que marcou o dia.

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“Talvez seja resultado da pressão de venda nesta semana e no final da semana passada, que parece um pouco exagerada, principalmente quando se considera que o crescimento econômico dos EUA continua firme e que, embora o Fed deva cortar os juros em setembro, o afrouxamento ainda será relativamente sincronizado entre os bancos centrais do G10”, disse Michael Brown, analista de mercado da Pepperstone.

“É claro que os problemas tecnológicos de mais cedo podem ter provocado um pouco de fuga para a segurança também, causando algumas compras de dólares, com essa força continuando na sessão da tarde.”

Uma falha de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo nesta sexta-feira, suspendendo voos, afetando serviços bancários e até tirando emissoras de TV do ar.

(com Reuters)

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