O dólar comercial abriu em baixa e chegou a operar no campo positivo, mas voltou a cair nesta segunda-feira (29), à medida que investidores mostram cautela antes das decisões de política monetária do Banco Central, Federal Reserve (Fed) e Banco do Japão (BoJ) nesta semana.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 13h30, o dólar à vista caía 0,30%, a R$ 5,641 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha queda de 0,47%, a R$ 5,642.
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Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,658 na venda, em alta de 0,19%.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de setembro de 2024.
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Dólar comercial
- Compra: R$ 5,641
- Venda: R$ 5,641
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,695
- Venda: R$ 5,875
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Os traders agora estão olhando para as decisões políticas do BoJ, do Fed e do Copom, ambos na quarta-feira, para mais direção. A crescente especulação para um aumento da taxa de juros do BoJ esta semana ajudou a impulsionar o iene, com o Fed também amplamente esperado para preparar o cenário para um corte de taxa em setembro.
A expectativa é que o banco central norte-americano mantenha sua taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50%. Analistas estarão focados, no entanto, no que as autoridades do Fed sinalizarão sobre o futuro, uma vez que têm crescido no mercado as apostas de um corte de juros nos Estados Unidos em setembro, com a possibilidade de outra redução até o fim do ano.
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Quanto mais o banco central norte-americano cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.
Ainda na quarta-feira haverá uma atenção especial também em torno da reunião do Banco do Japão, que pode elevar sua taxa de juros. A especulação sobre um aperto monetário no país valorizou o iene na semana passada, gerando pressão sobre as moedas de mercados emergentes.
O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão na quarta-feira sob a expectativa de economistas consultados pela Reuters de que a taxa Selic seja mantida no patamar de 10,50% ao ano pela segunda vez consecutiva.
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As autoridades do Banco Central seguem preocupadas com a desancoragem das expectativas de inflação do mercado em meio a um cenário global mais incerto.
Economistas consultados pelo BC em sua pesquisa Focus elevaram nesta segunda-feira sua projeção para a alta do IPCA ao fim deste ano e do próximo, com o índice agora visto fechando 2024 em 4,10% e 2025 em 3,96%, acima do centro da meta oficial de inflação da autarquia de 3%.
Os preços de commodities, outro fator relevante para a fraqueza dos emergentes na semana passada, também seguem no radar dos investidores, enquanto se observa como a China, maior importador de matérias-primas do planeta, reage à piora nas perspectivas para sua economia.