A Disney recuou de sua intenção de forçar uma arbitragem para evitar um julgamento num caso de morte dentro de um de seus resorts. A empresa está sendo processada por um viúvo que perdeu a esposa por reação alérgica grave após uma refeição no restaurante Raglan Road Irish Pub do resort Epcot, em Orlando.
A companhia alegava que o homem havia concordado em resolver casos judiciais com arbitragem ao assinar um teste gratuito do streaming Disney+ anos antes.
Jeffrey Piccolo entrou com uma ação de homicídio culposo contra a Disney e os proprietários de um restaurante depois que sua esposa morreu em 2023. Mas a Disney argumentou que o caso deveria ir para arbitragem por causa de uma cláusula nos termos e condições de seu serviço de streaming, no qual Piccolo se inscreveu brevemente em 2019.
Após forte reação negativa do caso, a empresa decidiu que o assunto pode ser ouvido no tribunal. “Acreditamos que esta situação justifica uma abordagem sensível para agilizar uma resolução para a família que sofreu uma perda tão dolorosa”, diz comunicado da Disney à reportagem da britânica BBC. “Como tal, decidimos renunciar ao nosso direito à arbitragem e fazer com que o assunto prossiga no tribunal.”
Os advogados de Piccolo comentaram que “as tentativas de empresas como a Disney de evitar julgamentos com júri devem ser vistas com ceticismo”, e que seu cliente “continuará a buscar justiça em nome de sua amada esposa no nível do tribunal”.
Na arbitragem, uma disputa é supervisionada por uma terceira parte neutra. Isso beneficia aqueles que desejam evitar um julgamento demorado, mas também impede que evidências sejam apresentadas a um júri.