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Discurso de Powell, entrevista de Haddad, Focus e política fiscal são foco nesta 2ª

A semana que marca a virada de mês para outubro começa com agentes atentos ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, nesta segunda-feira, às 10h45, e sob a expectativa pela divulgação de dados importantes do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Os três relatórios tradicionais de cada mês começam com a divulgação do JOLTs, na terça, seguido do ADP, que traz os números do mercado privado, na quarta, e, na sexta, o grande destaque da semana, o payroll (folha de pagamentos).

Os dados são importantes para investidores, que ainda acompanham de perto a temperatura da economia americana para entender os próximos passos da política monetária.

Atualmente, as apostas sobre um novo corte de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na próxima reunião de 7 de novembro se dividem quase igualmente entre novo corte 0,50 ponto percentual e um menor, de 0,25 p.p., . segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group – a manutenção é desconsiderada.

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No Brasil, o olhar nos juros também se mantém e duas divulgações também devem basear estimativas para o mercado. O Relatório Focus será divulgado às 8h25, quase junto com a Nota à imprensa sobre política fiscal. O mercado também ficará de olho nas declarações do ministro Fernando Haddad, que dará entrevista à rádio CBN, às 8h30.

Agenda

A diretoria do Banco Central se dedica a compromissos fechados à imprensa nesta segunda-feira. Já o ministro Fernando Haddad dará entrevista à rádio CBN às 8h30. Na parte da tarde, se reúne com Fábio Barbosa, presidente da Natura, e  José Velloso Dias Cardoso, presidente executivo da associação brasileira da indústria de máquinas e equipamentos (ABIMAQ).

O presidente Lula chega à cidade do México para a posse da nova presidente do país, Claudia Sheinbaum.

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Brasil

8h25: Relatório Focus

8h30: Nota à imprensa – Política fiscal

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10h15: Indicador de incerteza da economia

EUA

10h45: Discurso de J. Powell

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Mercados Internacionais

Os índices futuros dos EUA iniciaram a semana em baixa, com o último pregão de setembro marcado pela expectativa sobre os discursos de Jerome Powell, e Michelle Bowman, governadora do Conselho do Fed, ambos em evento da National Association for Business Economics em Nashville.

Já o CSI 300, da China continental, subiu 8,48%, impulsionado por ações de saúde e tecnologia e fechando em 4.017,85 pontos. Isso marca uma sequência de nove dias de altas, seu melhor dia desde setembro de 2008 e seu ponto mais alto desde agosto de 2023.

Japão

O futuro primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou nesta segunda-feira (30), que planeja convocar eleições gerais antecipadas para 27 de outubro após ser eleito líder da legenda que governa o país, o Partido Liberal Democrático (PLD), na semana passada.

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Retorno do X?

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu na sexta-feira que a rede social X pode voltar a operar no Brasil se pagar ao menos três multas que somadas chegam a 28,6 milhões de reais.

A decisão afirma que a rede social de Elon Musk cumpriu as determinações anteriores de remover conteúdos e nomear um representante legal no Brasil, dois dos principais motivos que haviam feito o serviço ser suspenso por Moraes no Brasil no final de agosto.

Contudo, o ministro do STF mandou que o X honre três compromissos financeiros antes de autorizar o retorno da plataforma no país.

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Conflito no Oriente Médio

O governo do Líbano disse que mais de 100 pessoas foram mortas em todo o país por ataques israelenses nas últimas 24 horas. Os ataques de Israel atingiram cidades e vilarejos no sul do Líbano, Vale do Beca, Baalbek-Hermel e os subúrbios do sul de Beirute.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou neste domingo que uma guerra total no Oriente Médio deve ser evitada. Questionado se era possível evitar um conflito regional, ele respondeu: “Tem que ser. Realmente tem que ser evitado.”

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se neste sábado com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib, para informar que o Brasil estuda diferentes cenários que incluem a retirada de brasileiros do país em grande escala caso o conflito se intensifique, informou o Itamaraty.

Economia

Investimentos chineses

 À espera da visita do presidente da China, Xi Jinping, em novembro, o governo brasileiro desenha uma proposta para atrair investimentos chineses, mas o modelo deve ser adaptado ao que o país pretende, e não uma cópia do contrato da iniciativa Nova Rota da Seda que os chineses têm levado ao mundo, disseram fontes com conhecimento das tratativas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou uma reunião na semana passada com diversos ministros para começar a trabalhar em uma lista de projetos que gostaria de apresentar aos chineses, mas também em um modelo de financiamento que foge do tratamento que a China normalmente dá aos países que aderem à Nova Rota da Seda — um plano de investimentos chineses em parceiros comerciais ao redor do mundo.

‘Colocar ordem’ nas bets

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu providência de todos os ministérios envolvidos na regulamentação de apostas online, argumentando que o governo atua para “colocar ordem” no tema.

Em declaração divulgada pela pasta, Haddad disse que as providências envolverão medidas para coibir lavagem de dinheiro e buscar tratamento de dependência de apostadores.

Segundo ele, também será feito um monitoramento de CPFs dos jogadores e uma regulação dos meios de pagamento usados nas apostas. Além disso, empresas não credenciadas serão banidas e será feita uma regulamentação de publicidade.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou na sexta-feira que o cumprimento da meta contínua de inflação pela autarquia é “plenamente factível” e evitou comparar o cenário atual com o passado, quando o objetivo era diferente.

Durante evento em São Paulo, Guillen foi questionado sobre o fato de o IPCA — o índice oficial de inflação — ter ficado em 3% ou abaixo disso em poucos momentos da história, o que em tese demonstraria uma dificuldade para o atingimento da atual meta contínua.

Em resposta, Guillen pontuou que as condições no passado eram diferentes.

Dados de emprego

 A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre de março a maio de 2024, quando a taxa ficou em 7,1%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE.

O Brasil abriu 232.513 vagas formais de trabalho em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na sequência pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Impacto de crescimento mais lento da China

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta-feira que o crescimento mais lento da economia da China pode ser um problema para os preços de commodities e para economias emergentes.

Em palestra, Campos Neto ainda apontou que os Estados Unidos têm uma economia forte, sendo difícil imaginar que uma desaceleração no país seja muito agressiva.

Pé-de-Meia universitário

O ministro da Educação, Camilo Santana, pretende lançar em 2025 o Pé-de-Meia universitário para dar apoio financeiro aos estudantes do ensino superior de baixa renda. O programa será nos mesmos moldes da iniciativa já lançada para o ensino médio. As informações são do jornal O Globo.

Política

Flexibilização para termelétricas

O Ministério de Minas e Energia está propondo uma mudança nas regras de operação de usinas termelétricas para permitir que esses empreendimentos ofertem mais potência ao sistema elétrico nacional em meio à grave seca atual, que tem prejudicado o potencial de geração hidrelétrica e elevado os custos aos consumidores.

O governo instaurou nesta sexta-feira uma consulta pública com a proposta, que busca ampliar os recursos disponíveis no curtíssimo prazo para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) garantir o suprimento de energia no chamado “atendimento de ponta”, principalmente no fim de tarde, quando a carga de energia está elevada ao mesmo tempo em que um volume grande de usinas solares está deixando de gerar.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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