A Azul (AZUL4) apresentará seus resultados do primeiro trimestre de 2024 antes da abertura de mercado, no dia 13 de maio. Para a Genial, isso significará divulgar um balanço misto, com redução dos custos de combustível como ponto positivo, mas outras dificuldades para a companhia.
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A corretora optou por alterar a classificação para Manter (equivalente à neutra) da recomendação anterior de compra. Além disso, o preço alvo também foi cortado para R$ 17,00. Em relação ao trimestre, a análise destaca que a redução dos custos de combustível deverá trazer alívio temporário para os custos operacionais. A estabilidade no câmbio também deverá permitir que a companhia siga ganhando participação de mercado, em especial considerando a redução de capacidade da Gol (GOLL4) .
Porém, há nuvens nesse cenário também, de acordo com a corretora. Os dados do IPCA demonstraram que houve desaceleração nos aumentos de tarifas, além da constatação de queda nas taxas de ocupação do setor por outros dados. Esse fato, somado a fontes de pressão sobre petróleo e os ruídos fiscais, torna o cenário oposto ao que a Genial considerou como positivo quando alterou a recomendação para o nome. Para um primeiro trimestre, no entanto, os dados indicam que a demanda está sólida, considerando efeitos da sazonalidade.
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“Para a aviação doméstica, além de um mercado no geral aquecido, acrescentamos o fator da recuperação judicial da Gol nos EUA como motivo para as melhoras de volume reportadas. Com o conhecido “Chapter 11″, a concorrente inevitavelmente teve reduzir parte de sua operação. O ocorrido vem em um cenário difícil para a reposição de aeronaves, com as principais fornecedoras com prazos extensos de entrega”, considera a Genial, que entende a conjuntura nesse caso benéfica para a Azul.
Dentre os números, a corretora aposta em uma receita líquida de R$ 4,6 bilhões (+2,9% ano a ano e -8,4% trimestre a trimestre), lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 1,2 bilhão (+22,8% a/a e -13,8% t/t) e margem de 27,5% (+4,5pp a/a e -2,4pp). A queda da margem Ebitda será o principal ponto negativo para o balanço.
Já o Research da XP tem visão diferente e considera que os resultados serão positivos. A projeção é de crescimento de receita líquida de 5% na comparação anual, com expansão de 2% da receita operacional dividida pelo total de assentos-quilômetro oferecidos (RASK, na sigla em inglês). A visão é de avanço no yield de passageiro em 1% na comparação anual, aumento de 25% nas receitas fora passageiros e desempenho estável. A XP projeta Ebitda de R$ 1,2 bilhão, com avanço de 18% em relação ao 1T23.