O bloco de centro-direita da França propôs nesta segunda-feira um “pacto legislativo” que poderia abrir caminho para um acordo mais amplo com o partido do presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto os líderes políticos se debatem para formar um governo.
A decisão de Macron de convocar uma eleição antecipada resultou em um Parlamento dividido, no qual a aliança de esquerda Nova Frente Popular inesperadamente ficou em primeiro lugar, à frente do grupo de centro de Macron e do Reunião Nacional de extrema-direita, de Marine Le Pen.
Nenhum grupo obteve a maioria, deixando a França em território desconhecido ao tentar formar um governo de coalizão.
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As aparentes aberturas do bloco de centro-direita em direção a Macron ocorrem depois que a escolha do presidente para presidente da Assembleia Nacional, Yael Braun-Pivet, ganhou um segundo mandato na semana passada, enfraquecendo a esquerda e fortalecendo sua posição, já que ele busca manter alguma influência sobre o futuro governo da França.
Laurent Wauquiez, líder do antigo grupo dos Republicanos na Assembleia Nacional, rebatizado de Direita Republicana, disse nesta segunda-feira que um pacto era necessário para que a França escapasse do purgatório de um Parlamento inoperante.
“Esse pacto legislativo é a ilustração de nosso desejo de não bloquear o país, de oferecer soluções”, disse Wauquiez.
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Ele disse que seu grupo não apoiaria nenhum aumento de impostos ou medidas para enfraquecer os benefícios dos aposentados, e consideraria favoravelmente as propostas para aumentar a segurança e os serviços públicos.
Wauquiez disse que não estava oferecendo uma coalizão de governo.
“Somos independentes e continuaremos assim”, disse ele, acrescentando que seu bloco votaria com qualquer ação do Poder Executivo que propusesse medidas alinhadas com as do pacto legislativo.
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O grupo da Direita Republicana é composto por ex-membros dos Republicanos que permaneceram no partido depois que seu ex-chefe, Éric Ciotti, migrou para a extrema-direita.
Ciotti, em um comunicado, criticou Wauquiez e seu bloco por “construir uma aliança com Emmanuel Macron, contrariando seus grandes discursos de independência e oposição”.