A procura por financiamento no Brasil despencou 26% em março na comparação com a um ano antes e caiu 13% em relação a fevereiro de 2024. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC).

 

O recuo contabilizado no terceiro mês deste ano no confronto com março de 2023 foi o sexto consecutivo, a despeito dos sinais de retomada da atividade brasileira.

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Novamente, o segmento varejista foi o principal responsável pelo declínio do INDC, cedendo 33% no recorte anual. Bancos e demais instituições financeiras também apresentaram baixas de demanda consideráveis: de 27%. O setor de Serviços foi o único a registrar aumento, de 12%.

 

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Já em relação a fevereiro deste ano, a única alta foi no Varejo, de 3%. Em contrapartida, a procura por financiamento em bancos e financeiras caiu 28% e teve retração de 3% em Serviços em março ante fevereiro de 2024.

 

Para Natália Heimann, head de produtos Analytics da Neurotech e responsável pelo INDC, há indícios de que muitos consumidores ainda estão tentando ajustar suas finanças em meio a apertos no final de 2023. “Mesmo com a recuperação da economia, ainda que lenta, muitos brasileiros se endividaram no ano passado para fechar as contas. Isso está refletindo nos índices de 2024 quando comparamos anualmente”, avalia.

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De acordo com a executiva, a tendência é de maior cautela entre os consumidores até o final do ano neste momento de aumento geral nos preços. “Os consumidores estão se planejando mais até que a queda da taxa de juros básica seja sentida de forma mais prática”, afirma.

 

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Aberturas

 

No Varejo, somente a categoria Supermercado apresentou uma recuperação de 8%, na comparação dos últimos 12 meses. As demais registraram quedas: Lojas de Departamento (-59%), Vestuário (-54%), Eletro/Móveis (-38%) e Outros (-11%).

 

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No confronto com fevereiro deste ano, o recuo mais expressivo foi de 6% e foi registrado no segmento de Eletro/Móveis. Ainda houve diminuição na busca por crédito nas categorias de Vestuário (-2%) e Outros (-2%). Mas houve leve recuperação do INDC em Supermercado, que apresentou alta de 7%, e em Lojas de Departamento, com expansão de 3%.