O Ibovespa começa o dia em queda de 0,67%, aos 129.020,11 pontos, repercutindo a divulgação dos dados de inflação nos EUA. O CPI de março subiu 0,4%, acima da expectativa de 0,3% e no mesmo valor de fevereiro, repercutindo nos mercados de todo o mundo. O dado tira o brilho do IPCA, o indicador de inflação oficial do Brasil, que desacelerou para 0,16% em março, após subir 0,83% em fevereiro. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 3,93%, primeira vez abaixo dos 4% em 8 meses. Recuam na bolsa as ações de grandes bancos, Vale (VALE3), companhias aéreas, construtoras, frigoríficas, siderúrgicas e varejistas. Por outro lado, sobem as ações de Petrobras (PETR4) e operam mistas as petroleiras juniores. Com os dados dos EUA, as curvas de juros no Brasil e nos EUA aceleraram as altas, assim como o dólar ganhou força por aqui, agora subindo 0,9%, a R$ 5,04. A expectativa do corte de juros dos EUA foi empurrada novamente para frente. Antes do CPI, 50% previa que o início das reduções dos juros seria em junho, mas agora essa percepção caiu para 26%. Também chamava a atenção hoje o rebaixamento da perspectiva da China pela Fitch para negativa, embora tenha mantido a classificação A+, prevendo desaceleração do crescimento econômico. Ainda no radar dos investidores, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de evento militar pela manhã e à tarde do programa Estúdio i, da Globonews. Em Wall Street, índices futuros dos EUA, que operavam em alta no início da manhã, viraram para fortes quedas após o CPI: Dow Jones Futuro, -1,20%; S&P500, -1,45%; e Nasdaq Futuro, -1,51%. (Felipe Alves)