Nesta sexta-feira (23), por volta de 17h, o Banco Central apresentou às empresas participantes do ecossistema do Pix e Open Finance, uma consulta sobre as padronizações e especificações técnicas da solução que vai vir a ser o Pix por aproximação — a ferramenta possibilitada pela jornada sem redirecionamento (JSR), mas no mundo físico. O InfoMoney teve acesso ao documento e compartilha o desenho inicial da ferramenta para o consumidor abaixo.

A nova solução vem sendo discutida nas últimas semanas, especialmente pelo lançamento de resoluções sobre a JSR e pelo protocolo de tecnologia NFC liberado pela Apple.

Embora ainda incipiente, essa consulta que o BC lança ao mercado, deve destravar um dos principais desafios que o Pix por aproximação tinha pela frente: a dificuldade de uma padronização entre os participantes. Uma matéria recente do InfoMoney mostrou que o mercado já vinha discutindo como fazer essa padronização, mas com tantas cadeiras e agentes envolvidos, chegar em um consenso não seria algo rápido. Porém, com o BC já trazendo uma primeira versão, o processo de produção e operação podem ser acelerados.

Essa consulta está aberta para receber contribuições de empresas participantes do ecosssitema Pix e Open Finance até dia 13 de setembro. O mercado pode propor melhorias e ajustes ao modelo que o BC traz. Depois desse prazo, o BC analisa o que foi colocado na consulta e depois vai ser publicado um manual do passo a passo que as instituições deverão seguir por regulação. Agora, quando o consumidor terá acesso ainda não se sabe. A previsão para a JSR estar operando é fevereiro de 2025. A expectativa é que o Pix por aproximação venha depois disso.

“O BC está sendo rápido propondo a padronização. Isso muda totalmente a adoção do Pix no mundo físico. Hoje uma das dores é usar o copia e cola e o QR Code, a leitura, às vezes, dá erro, entre outras questões. Essa solução vai mudar o mercado”, avalia uma fonte que participa dos grupos técnicos de discussões na governança de Pix.

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O que o BC apresentou?

A consulta traz uma série de especificações técnicas de como os fluxos e padronizações de infraestrutura tecnológica poderão funcionar, mas do ponto de vista do consumidor pagador, há inicialmente um processo de vinculação de conta, em que inclui o Pix como meio de pagamento na sua carteira digital, como foi antecipado pelo InfoMoney na última semana.

Veja abaixo:

(Reproducao/Consulta de Especificações Técnicas de troca de informação NFC – Banco Central)

O processo da jornada de pagamento se inicia com a seleção do Pix dentro de sua carteira digital, sendo necessário que o cliente confirme a transação na própria carteira digital e aproxime seu dispositivo móvel do terminal do estabelecimento comercial (seja um maquininha, outro celular ou uma tag) para que a transação seja autorizada – assim como o processo do cartão de crédito.

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Veja:

(Reproducao/Consulta de Especificações Técnicas de troca de informação NFC – Banco Central)

Esse passo a passo está representado por um aparelho Android, mas uma fonte especialista do mercado e que participa das discussões de Pix e Open Finance explica que o processo para o iOS deve ser bem similar. Além disso, é importante ressaltar, que considerando que o mercado dará constribuições, a jornada pode sofrer algumas alterações.

O próximo passo é esperar o manual que o BC deve publicar após o fim da consulta. Apesar da espera, esse avanço vai sinalizando que o consumidor pode ter, em breve, uma nova solução Pix em mãos e no dia a dia.