Um ataque aéreo israelense a uma casa em Jabalia, no domingo (8), matou Mohammad Morsi, vice-diretor do Serviço de Emergência Civil de Gaza, nas áreas do norte da Faixa de Gaza, e quatro pessoas de sua família, segundo autoridades de saúde.
O Serviço de Emergência Civil disse em um comunicado que a morte de Morsi elevou para 83 o número de seus membros mortos por fogo israelense desde 7 de outubro.
Não houve nenhum comentário israelense imediato sobre a morte de Morsi.
LISTA GRATUITA
Ações Fora do Radar
Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa
Moradores disseram que as forças israelenses também haviam explodido várias casas no subúrbio de Zeitoun, na Cidade de Gaza, a 5 km de Jabalia. As equipes médicas disseram que não puderam atender aos apelos desesperados de alguns moradores que relataram estar presos dentro de suas casas, alguns feridos.
“Ouvimos bombardeios constantes em Zeitoun, sabemos que estão explodindo casas lá, não dormimos por causa dos sons das explosões, o rugido dos tanques soa próximo e os drones não param de circular”, disse um morador da Cidade de Gaza, que vive a cerca de 1 km de distância.
“A ocupação está acabando com Zeitoun, estamos com medo das pessoas presas lá”, disse ele à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo, recusando-se a ser identificado.
Continua depois da publicidade
Mais tarde no domingo, o Ministério da Saúde de Gaza disse que os ataques militares israelenses no enclave mataram pelo menos 15 pessoas.
Moradores das áreas central e sul de Gaza relataram interrupção nos serviços de internet e comunicação, que a Companhia Palestina de Telecomunicações disse ser devido à “agressão (israelense) em curso”
Os palestinos afirmam que as interrupções na internet e nas comunicações, as primeiras em meses, afetam a capacidade da equipe médica de enviar ambulâncias para as áreas bombardeadas e dificultam que as pessoas verifiquem seus parentes ou denunciem ataques.
Continua depois da publicidade
Israel e o Hamas continuaram a culpar um ao outro pelo fracasso dos mediadores, incluindo o Catar, o Egito e os EUA, em intermediar um cessar-fogo. Os EUA estão se preparando para apresentar uma nova proposta, mas as perspectivas de um avanço parecem escassas, pois as lacunas entre as posições dos lados continuam grandes.