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Ata do Fed e revisão de emprego podem trazer pistas sobre juros antes de Powell

Começam para valer, nesta quarta-feira (21), os eventos da semana que podem definir os rumos dos juros nos Estados Unidos. Às 15h, o Federal Reserve divulga a ata da sua última reunião, que deve trazer mais pistas sobre a futura condução do Banco Central dos EUA em relação aos juros, especialmente na reunião de setembro.

Além disso, a revisão dos dados do mercado de trabalho dos EUA nos últimos 12 meses até março pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS) pode sugerir uma maior desaceleração do emprego.

Entretanto, esses dados são apenas aperitivo para o que está por vir, ainda nesta semana. Amanhã, começa o Simpósio Econômico de Jackson Hole, Wyoming, que reunirá representantes de bancos centrais de todo o mundo, com a participação de Jerome Powell, presidente do Fed, na sexta-feira.

O discurso de Powell será analisado pelos participantes do mercado em busca de dicas sobre o número e o momento dos cortes esperados na taxa de juros neste ano e no próximo. Consenso no mercado é de que o Fed irá cortar os juros – agora falta saber sua magnitude.

Atualmente, a aposta majoritária segue sendo de um corte de 25 pontos-base, com chances de 67,5%, segundo a ferramenta FedWatch, da CME. Uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, concentra, por enquanto, 32,5% das apostas.

Agenda

Com agenda de indicadores local esvaziada, as atenções se concentram na divulgação da ata do Fed e para revisão dos dados do mercado de trabalho dos EUA nos últimos 12 meses até março.

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  • 9h: Lula tem reunião com Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
  • 9h30: Lula se reúne com fundos de pensão
  • 11h30: Lula tem reunião com Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite
  • 14h: Lula participa de Cerimônia de assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes do Estado Brasileiro
  • 14:30 Fluxo cambial Semanal no Brasil
  • 15h: Ata do Fed nos EUA
  • 17h: Lula participa da Cerimônica de posse do Ministro Antônio Fabrício de Matos Gonçalves no cargo de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho

Mercados Internacionais

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única, enquanto investidores aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), bem como as revisões dos dados do mercado de trabalho americano em busca de mais informações sobre cortes nas taxas de juros.

Sinais de fraqueza na revisão anual das folhas de pagamento dos EUA pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS) podem apontar para a necessidade de cortes agressivos nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e trazer à tona memórias do colapso do mercado no início de agosto, após um relatório decepcionante sobre as folhas de pagamento (payroll). 

Economia

No Brasil, seguem as expectativas em relação aos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Termômetros desse movimento, as taxas dos DIs de curto prazo fecharam a terça-feira em baixa, com investidores reduzindo as apostas de que o BC elevará a taxa básica Selic em setembro.

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Isso aconteceu após declarações consideradas mais brandas por parte do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, sobre a política monetária. Ele repetiu, ao O Globo, uma mensagem recente de autoridades do BC de que a autarquia subirá a Selic se for necessário, mas ponderou que o cenário internacional melhorou.

Campos Neto também disse, conforme O Globo, que os economistas não estão prevendo alta de juros para 2024, mas o mercado sim, acrescentando que é preciso ter “calma” e “cautela” nos momentos de volatilidade.

Os comentários do presidente do BC, conforme profissionais ouvidos pela Reuters, reduziram a expectativa de alta da Selic em setembro.

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Desoneração

O Senado aprovou nesta terça projeto que prevê a retirada gradual da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e alguns municípios e também aponta fontes de recursos para servirem de compensação para o período de vigência do benefício.

JCP

O senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do projeto da desoneração da folha de pagamentos e que aponta fontes de recursos para compensação decidiu retirar de seu parecer trecho que previa aumento da alíquota do Imposto de Renda incidente sobre Juros sobre Capital Próprio para 20%.

Aprovada por meio de acordo e de maneira simbólica – sem a necessidade de registro voto a voto –, a proposta segue à Câmara dos Deputados.

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Haddad

O ministro da Fazenda disse que a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que estabelece a compensação da desoneração da folha de pagamentos é “um avanço.” Ele afirmou não estar preocupado com a retirada do aumento do IR sobre os Juros sobre o Capital Próprio (JCP), de 15% para 20%. “Nós vamos trabalhar diligentemente para o melhor resultado possível com as propostas do Senado”, disse a jornalistas, em Brasília. “Ao final do processo, verificado o resultado, [se] há necessidade de uma compensação adicional, nós vamos levar à consideração do Supremo Tribunal Federal e do presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco.”

Emendas

Representantes dos três Poderes chegaram a um acordo nesta terça sobre regras para dar mais transparência à liberação de emendas orçamentárias, segundo nota conjunta, divulgada após enfrentamentos entre Judiciário e Legislativo sobre a modalidade de repasse de recursos federais.

O trato selado prevê que as chamadas “emendas pix” serão mantidas, mas será exigida a identificação antecipada do objeto da despesa, ente outros pontos. Para as emendas de bancada, o acordo prevê que elas serão destinadas a projetos estruturantes em cada Estado. Os novos parâmetros deverão ser definidos em 10 dias.

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No caso das emendas de comissão, devem ser destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo.

(Com Reuters)

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