(Bloomberg) — O banco central da Argentina vai vender dólares americanos nos mercados paralelos de câmbio do país a partir de segunda-feira, uma medida que o ministro da Economia, Luis Caputo, chamou de “um aprofundamento da estrutura monetária”.
Caputo e o presidente Javier Milei começaram no sábado a detalhar uma nova estratégia que procura conter a crescente disparidade entre a taxa de câmbio oficial da Argentina e as taxas paralelas negociadas nos mercados financeiros. Embora a taxa oficial do peso seja de 919 por dólar devido aos controles cambiais, uma das principais taxas paralelas fechou sexta-feira em 1.405 por dólar.

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Os aumentos mensais de preços começaram a acelerar ligeiramente em junho, pela primeira vez desde que Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro, de acordo com dados do governo divulgados na sexta-feira. A inflação anual de 272% continua a ser uma das mais elevadas do mundo e em território de crise.

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Caputo, que está na Conferência Sun Valley, em Idaho, com Milei, disse que a autoridade monetária venderá dólares em um dos mercados cambiais paralelos, conhecido como “blue chip swap” ou “contado con liquidacion”, para compensar a emissão de pesos da compra de dólares em a taxa de câmbio oficial.

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“Se o Banco Central comprar dólares no mercado de câmbio oficial, a emissão equivalente de pesos será esterilizada pela venda de dólares equivalentes no mercado de contado con liquidacion”, escreveu Caputo em uma série de postagens no X.

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As medidas poderiam acentuar preocupações do mercado de que o governo está deixando a taxa de câmbio oficial ficar muito sobrevalorizada ao manter controles cambiais rigorosos. Também impediriam ainda mais a capacidade do Banco Central de acumular reservas estrangeiras necessárias para suspender os controles em algum momento e, eventualmente, reembolsar US$ 44 bilhões ao Fundo Monetário Internacional, bem como regressar aos mercados de dívida internacionais.