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Após maior dividendo em 7 meses, FII HCTR11 sobe 21% e tem melhor desempenho de março






O mercado de fundos imobiliários acumula cinco meses seguidos de ganhos, após o Ifix – índice dos FIIs mais negociados da Bolsa – fechar março com alta de 1,43%, aos 3.408 pontos, maior patamar da história do indicador.

O destaque do período ficou para o Hectare CE (HCTR11), que registrou alta de mais de 20%. Na outra ponta da lista aparece o XP Properties (XPPR11), com queda de aproximadamente 10%, a maior entre os principais FIIs do mercado.

Em março, o resultado positivo do Ifix foi puxado principalmente pelos FIIs de “papel” (Títulos e Valores Mobiliários), que investem em papéis como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Essa classe de ativo subiu, em média, 2,42% no mês passado.

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O desempenho foi o melhor entre os principais segmentos do mercado – aqueles com mais de quatro representantes no Ifix, por exemplo. Renda urbana e desenvolvimento fecharam o mês no negativo.

Segmento Variação (%) Número de Fundos
Hotel 18,28 1
Agências 4,23 1
Títulos e Val. Mob. 2,42 40
Multiestratégia 2,33 5
FoF 2,13 8
Híbrido 1,15 10
Logística 1,0 15
Shoppings 0,86 5
Lajes Corporativas 0,7 10
Agro 0,48 2
Renda Urbana -0,04 4
Desenvolvimento -0,74 3
Economatica

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Maiores altas do mês

Individualmente, o HCTR11 subiu 21,5% e liderou os ganhos do mês. Na sequência aparecem o Hotel Maxinvest (HTMX11) e o Devant Recebíveis (DEVA11), com 18% e 7,9% de alta, respectivamente.

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Confira os FIIs que mais subiram em março de 2024

Fundo Segmento Variação (%)
HCTR11 Títulos e Val. Mob. 21,52
HTMX11 Hotel 18,28
DEVA11 Títulos e Val. Mob. 7,94
SARE11 Híbrido 6,38
SNFF11 FoF 6,32
Fonte: Economatica

Em março, o HCTR11 pagou R$ 0,38 por cota, montante equivalente a um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 1,25%.

O rendimento deste mês é o maior desde o distribuído em agosto de 2023, de R$ 0,50 por cota. De lá para cá, o valor chegou a cair para R$ 0,17 e se manteve nos últimos meses na casa dos R$ 0,34.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira (29), a equipe de gestão explicou que o resultado de março foi influenciado pelo acréscimo de R$ 1,6 milhão, referente ao pré-pagamento do certificado de recebíveis imobiliários (CRI) Gramado Dilly.

Considerado um fundo de “papel” , o HCTR11 ainda enfrenta os reflexos da inadimplência em série de CRIs observada em 2023 – especialmente em títulos da Gramado Parks, em recuperação judicial.

Embora o valor de março seja superior ao do distribuído nos últimos sete meses, o rendimento do fundo ainda está bem abaixo das distribuições realizadas antes da inadimplência dos CRIs.

Maiores baixas do mês

Após registrar a maior alta de fevereiro, o FII de escritório XP Properties (XPPR11) acumulou queda de quase 10% em março, a maior do período. Tordesilhas EI (TORD11) e BRPR Corporate Offices (BROF11) também caíram mais de 5%.

Confira os FIIs que mais caíram em março de 2024

Fundo Segmento Variação (%)
XPPR11 Lajes Corporativas -9,94
TORD11 Desenvolvimento -6,22
BROF11 Lajes Corporativas -5,27
BRCR11 Híbrido -2,58
VSLH11 Títulos e Val. Mob. -1,87
Fonte: Economatica

O desempenho negativo do XPPR11 ocorre após a gestão propor uma consulta formal para discutir a venda de um dos três imóveis do portfólio, o Edifício Faria Lima Plaza, na avenida Brigadeiro Faria Lima, região nobre para o segmento de lajes corporativas em São Paulo (SP).

O também fundo imobiliário Capitânia Office (CPOF11) ofereceu R$ 373 milhões pela participação do fundo no empreendimento – ou seja, 12.439 mil metros quadrados ou 30% do total.

A venda de ativos faz parte de estratégia do XPPR11 para reduzir a alavancagem (endividamento) do fundo. Atualmente, a carteira conta com uma dívida de R$ 586 milhões.

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