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Ações de varejistas e construtoras perdem força após Lula depois de ânimo com Copom

As ações de empresas do varejo, construção civil e educação, que contrariam as tendências e abriram em alta, passaram a operar com queda nesta quinta-feira (20), depois que o presidente Lula criticou a manutenção dos juros pelo Copom.

Em entrevista à Rádio Verdinha, de Fortaleza (CE), o mandatário afirmou que a manutenção da taxa, decidida por unanimidade do colegiado na noite de ontem (19), foi uma escolha por “investir no sistema financeiro” e “nos especuladores” e deve afetar negativamente a economia do País.

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Nesse contexto, as ações das varejistas Magazine Luiza (MGLU3), GPA (PCAR3) e Lojas Renner ( LREN3) que disputavam a ligeranças dos ganhos Ibovespa passaram para o território negativo ou perderam ímpeto. Por volta das 13h13 (horário de Brasília), MGLU3 caía 3,70%, a R$ 11,67; PCAR3, com alta de 1,36%, a R$ 2,99; e LREN3, com perda de 0,63%, a R$ 12,55. Casas Bahia (BHIA3), fora do Ibovespa, seguia com ganhos, de 5,79%, também com a aprovação pela Justiça do plano de recuperação extrajudicial da varejista.

O setor de construção também virou para baixo, com Cyrela (CYRE3), Eztec (EZTC3) e MRV (MRVE3) com baixa de, respectivamente, 0,64% e 0,23% e 2,04%.

Com alta um pouco mais modesta, os papéis das empresas de educação Cogna (COGN3) caía 1,22%, cotados a R$ 1,62, enquanto a Yduqs (YDUQ3) operava estável, a R$ 11,09.

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Mais cedo, Lucas Farina, analista econômico da Genial Investimentos, apontou que a decisão unânime desse Copom de junho deveria contribuir para aliviar a pressão sobre os ativos, reduzindo parte do prêmio que se observa atualmente.

Contudo, o especialista ponderou ao ressaltar que a questão da sucessão da presidência do Banco Central ainda vai continuar a alimentar as incertezas do mercado acerca da condução futura da política monetária daqui em diante. “A depender da escolha do presidente Lula para o comando da autoridade monetária, poderá se confirmar as suspeitas do mercado de uma política monetária mais leniente com a inflação de 2025 em diante, que se preocupe mais com o crescimento econômico do que com a estabilidade de preços”, reforçou.

(com Estadão Conteúdo)

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