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As fortes chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul e a capital Porto Alegre nos últimos dias deram uma trégua entre domingo (5) e esta segunda-feira (6), o que não significa que a situação de calamidade vivida pelo estado esteja perto de acabar.

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O nível do rio Guaíba, na capital gaúcha, continua muito acima da chamada “cota de inundação”. Em uma medição feita por volta das 5h30 desta segunda, foi constatado que o patamar das águas estava em 5,26 metros – o limite para inundações é de 3 metros.

O Guaíba registrou seu maior nível histórico na manhã de domingo, com 5,33 metros. Até então, o recorde havia sido alcançado na enchente de 1941 (4,76 metros).

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Segundo especialistas, mesmo com o arrefecimento das chuvas, o nível do Guaíba deve permanecer acima da “cota de inundação” pelo menos nos próximos 10 dias. A estimativa é a de que o nível das águas se estabilize em cerca de 4 metros nesse período.

De acordo com projeções do do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o patamar deve se manter acima dos 5 metros ao menos pelos próximos 4 dias.

No auge da enchente trágica em Porto Alegre, a rodoviária da capital gaúcha ficou completamente inundada – todas as viagens foram canceladas. O Aeroporto Internacional Salgado Filho foi fechado “devido ao elevado volume de chuvas”.

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O tamanho do desastre

De acordo com o boletim mais recente da Defesa Civil, 83 pessoas morreram no desastre climático que atinge o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. Outras quatro mortes estão sob investigação. Até o momento, 111 pessoas estão desaparecidas e 276 ficaram feridas.

As autoridades gaúchas informam, ainda, que 141,3 mil pessoas estão fora de suas casas, das quais 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (em casas de familiares ou amigos). Ao todo, 345 das 496 cidades do Rio Grande do Sul foram impactadas pela tragédia, que afetou 850 mil pessoas.