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Cinco imigrantes, incluindo uma criança, morreram em uma tentativa de atravessar o Canal da Mancha da França para o Reino Unido em um pequeno barco superlotado na terça-feira (23), horas depois que o Reino Unido aprovou um projeto de lei para deportar os solicitantes de asilo para Ruanda, em uma medida para conter as viagens perigosas.

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As mortes ocorreram quando um barco com 112 pessoas começou a cruzar uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo e o pânico tomou conta dos passageiros não muito longe da costa.

Os socorristas resgataram 49 pessoas, sendo que quatro foram levadas ao hospital, mas outras permaneceram no barco, determinadas a chegar ao Reino Unido.

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A guarda costeira francesa ainda estava procurando por sobreviventes.

“Uma tragédia ocorreu em um barco superlotado de imigrantes no início desta manhã. Lamentamos a morte de cinco pessoas: uma menina de sete anos, uma mulher e três homens”, disse o prefeito local Jacques Billant aos repórteres.

“O motor parou a algumas centenas de metros da costa e várias pessoas caíram na água”, afirmou Billant.

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A guarda costeira disse que 58 pessoas permaneceram a bordo.

“Elas não queriam ser resgatadas, conseguiram religar o motor e seguiram em direção ao Reino Unido”, contou Billant.

O barco partiu de Wimereux, cerca de 32 km a sudoeste do porto francês de Calais.

Mais de 6.000 pessoas chegaram ao Reino Unido este ano por meio de barcos pequenos e superlotados – geralmente botes infláveis frágeis – que correm o risco de ser abalados pelas ondas ao tentar chegar à costa britânica.

Dezenas de milhares de pessoas fizeram a viagem desde 2018, e o Reino Unido reagiu passando dois anos tentando superar a oposição a uma política divisiva de enviar requerentes de asilo para Ruanda, o que espera dissuadir as pessoas de fazer as travessias.

O Parlamento britânico finalmente aprovou a legislação para permitir as deportações e o primeiro-ministro Rishi Sunak disse que espera que os primeiros voos decolem em 10 a 12 semanas, dando tempo para novas contestações legais de instituições de caridade, ativistas e sindicatos.

Grupos de direitos humanos e outros críticos afirmam que a política é desumana, mas Sunak disse aos repórteres nesta terça-feira que o governo estava agindo por compaixão, querendo impedir que traficantes de pessoas empurrem pessoas vulneráveis para o mar.

“Eles estão colocando cada vez mais pessoas nesses botes sem condições de navegabilidade, e temos visto um enorme aumento no número de pessoas nos últimos anos”, disse ele. “Isso é o que tragicamente acontece.”