Pouco antes das 20h (horário de Brasília) começaram a soar as sirenes de ataque aéreo em várias cidades israelenses e também surgiram relatos de fortes estrondos, indicando que a primeira onda de drones disparados desde o Irã estavam próximos dos alvos.

A Reuters informou um pouco antes que militares dos Estados Unidos tinham abatido alguns desses drones, segundo confirmaram três autoridades norte-americanas. Não foram informados quantos drones foram abatidos ou os locais precisos.

Há informações ainda de interceptações feitas por aviões britânicos e da Jordânia.

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Segundo o The Times of Israel, os alarmes foram disparados no norte e no sul do país, bem como em Jerusalém e em muitas cidades no norte da Cisjordânia.

Até agora, o único caso de vítima registrado pelo serviço médico Magen David Adom é de um menino de 10 anos que foi ferido no sul de Israel por estilhaços, após a interceptação de um drone iraniano sobre a área. Os jornais israelenses disseram que a criança é de uma cidade beduína perto de Arad e que ela está internada em estado grave. Ele foi levado para o Hospital Soroka, em Beersheba.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nas redes sociais que estava reunidos com sua equipe de segurança nacional para uma atualização dos ataques do Irã contra Israel. “O nosso compromisso com a segurança de Israel contra as ameaças do Irã e dos seus representantes é inflexível”, escreveu na rede X.

Enquanto isso, a Comissão Permanente do Irã na ONU publicou um aviso na rede social que a ação realizada hoje está baseada no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas relativa à defesa legítima.

“A ação militar do Irã foi em resposta à agressão do regime sionista contra as nossas instalações diplomáticas em Damasco. O assunto pode ser considerado concluído. Contudo, caso o regime israelita cometa outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa”, afirmaram.

E concluíra com um alerta para aliados, escrito em letras maiúsculas: “É um conflito entre o Irã e o regime israelita desonesto, do qual os EUA DEVEM FICAR LONGE”.

Também pela X, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, exigiu uma resposta à altura o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres. “O Irã violou a carta da ONU e mostrou que é uma ameaça à paz e à segurança globais. Onde está sua voz??? Onde está a sua condenação??? Acorde!!”, provocou.