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O dólar à vista volta a cair perante o real nesta terça-feira (3), na contramão dos ganhos da moeda norte-americana no exterior, à medida que investidores avaliavam os números acima do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre e seu consequente impacto na política monetária nacional.

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Qual a cotação do dólar hoje?

Às 10h38 (horário de Brasília), o dólar comercial operava com queda de 0,12%, a R$ 5,607 na compra e R$ 5,608 na venda. O dólar futuro de próximo vencimento caía 0,34%, a 5.613 pontos.

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, cotado a R$ 5,6172.

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O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,607
  • Venda: R$ 5,608

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,660
  • Venda: R$ 5,840

Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda

A divisa americana voltar a recuar perante o real após interromper uma sequência de cinco altas na véspera, à medida que traders avaliam os impactos do PIB na política monetária brasileira.

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O PIB do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, acima das projeções de economistas consultados pela Reuters de avanço 0,9%. Na base anual, o crescimento foi de 3,3%.

O resultado evidencia uma economia forte no trimestre de abril a junho, o que permite, segundo analistas, que o Banco Central possa ter uma postura mais agressiva contra a inflação, à medida que a alta dos preços tem se afastado do centro da meta de 3% em leituras recentes.

Operadores colocavam 56% chance de uma alta de 25 pontos-base na Selic no encontro do Copom deste mês, com 44% de probabilidade de um aumento de 50 pontos.

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Uma Selic mais alta é, em tese, um fator positivo para o real, à medida que o aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos torna a moeda brasileira mais atrativa para investimentos.

No exterior, por outro lado, o dólar se fortalecia ante a maioria de seus pares fortes e emergentes, impulsionado pela cautela antes da divulgação de uma série de dados econômicos ao longo da semana e pelo desempenho dos preços de commodities, como o petróleo e o minério de ferro.

O grande destaque da semana será a divulgação do relatório de emprego (payroll) de agosto na sexta-feira, com a expectativa de analistas consultados pela Reuters de que os empregadores norte-americanos criaram 160.000 postos de trabalho no mês passado, ante 114.000 em julho.

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Operadores precificam totalmente um corte de juros pelo Fed em sua reunião de 17 e 18 de setembro, com 67% de chance de uma redução de 25 pontos-base e uma probabilidade de 33% de um corte de 50 pontos. Eles veem 100 pontos-base de afrouxamento até o fim deste ano.

(Com Reuters)