Desde que assumiu a Presidência argentina em dezembro, o ultraliberal Javier Milei tem tensionado os laços com a Venezuela, e Caracas expulsou diplomatas do país por questionarem a eleição

BUENOS AIRES (Reuters) – A Argentina reconheceu nesta sexta-feira o oposicionista Edmundo González como presidente eleito da Venezuela, em meio a uma onda de críticas internacionais por suposta falta de transparência por parte das autoridades eleitorais, que declararam vencedor o presidente Nicolás Maduro sem divulgar as atas da votação.
“Após vários dias da publicação das atas eleitorais oficiais da Venezuela em: http://resultadosconvzla.com, todos podemos confirmar, sem dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González”, disse a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, em sua conta na rede social X.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, visto pelos opositores como um braço do governo, deu a Maduro a vitória nas eleições na manhã de segunda-feira, o que foi rejeitado pela oposição, que afirma que as suas contagens dão uma grande maioria ao seu candidato González.
Os governos de Brasil, México e Colômbia pediram na quinta-feira às autoridades eleitorais que divulguem os dados da votação de domingo para esclarecer dúvidas sobre o resultado.

Desde que assumiu a Presidência argentina em dezembro, o ultraliberal Javier Milei tem tensionado os laços com a Venezuela, e Caracas expulsou diplomatas do país por questionarem a eleição.
Na quinta-feira, os diplomatas argentinos deixaram o país e o Brasil assumiu o controle da embaixada e de seis opositores venezuelanos, colaboradores próximos da líder da oposição María Corina Machado, que estão escondidos na residência do embaixador desde março.