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Os índices futuros dos Estados Unidos registravam relativa tranquilidade e leve alta na noite deste domingo (21), que marca os primeiros movimentos após o presidente Joe Biden dizer no domingo que não buscará a reeleição. Às 19h15 (horário de Brasília), o Nasdaq futuro tinha alta de 0,15% (19.741 pontos, o Dow Jones futuro 0,04% (40.579 pontos) e o S&P500 futuro avançava 0,09% (5.559 pontos).

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Cabe destacar que os índices americanos registram leve recuperação após uma forte baixa na sexta-feira. Na sessão, o Dow Jones caiu 0,93%, para 40.287,53 pontos. O S&P 500 perdeu 0,71%, para 5.505 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,81%, para 17.726,94 pontos. Os movimentos na sessão de sexta ocorreram conforme o caos relacionado a uma falha em um sistema digital que causou interrupção de serviços em uma série de setores ao redor do mundo aumentou a incerteza em um mercado já ansioso.

Enquanto isso, os investidores estão de olho no noticiário político. Uma semana depois de uma tentativa de assassinato do republicano Donald Trump ter abalado os investidores, Biden disse nesta tarde que não buscará a reeleição e apoiou a vice-presidente Kamala Harris para se tornar a candidata democrata.

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Com a ação histórica de Biden a menos de quatro meses das eleições de novembro, o caos político ameaça elevar a volatilidade em Wall Street, pelo menos no curto prazo, conforme apontam observadores do mercado.

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E a visão é de que a chamada recomendação para o “Trump Trade” – boa para empresas de energia, bancos e Bitcoin, embora má para veículos elétricos e energias renováveis ​​– pode perder força, depois de ganhar impulso após o desastroso debate presidencial de Biden.

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Para Yung-Yu Ma, diretor de investimentos da BMO Wealth Management, é provável que o “Trump Trade” pare e que haja desmonte de posições até que fique mais claro quem será o candidato democrata. “Em termos gerais, este evento injeta ainda mais incerteza política nos mercados, o que deverá resultar em alguma instabilidade no curto prazo”, avalia.

Já Barry Knapp, sócio-gerente da Ironsides Partners, aponta que, em última análise, a incerteza aumentou muito. “Agora, o que isso significa sobre como os mercados futuros abrirão? Isso não está claro. Também tivemos uma semana complicada, o que não creio que tenha muito a ver com Trump. Penso que isso tem mais a ver com o enfraquecimento da economia e com o movimento hesitante da Fed em direção a um corte de 50 pontos base dos juros em setembro. Em última análise, há muita coisa acontecendo e isso é mais incerteza”, avalia.

(com Bloomberg)