O produto interno bruto (PIB) real dos Estados Unidos cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2024 ante o trimestre anterior, de acordo com a estimativa final divulgada pelo Departamento do Comércio nesta quinta-feira (27). No quarto trimestre de 2023, o PIB real tinha crescido 3,4%.

O dado tornado público hoje é maior que a estimava oficial anterior e acima também do consenso LSEG de analistas, ambos prevendo uma alta de 1,3%.

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Segundo o Departamento, a revisão em alta refletiu principalmente uma projeção para baixo das importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, e revisões para cima do investimento fixo não residencial, além gastos do governo. Estas revisões foram parcialmente compensadas por uma projeção em baixa dos gastos dos consumidores.

Já em comparação com o quarto trimestre, a desaceleração do PIB real ante o quarto trimestre refletiu a menor pujança nos gastos do consumidor, além das exportações e gastos dos governos federal, estaduais e municipais. Esses movimentos foram parcialmente compensados por uma aceleração no investimento fixo residencial. Mas as importações aceleraram.

O PIB em dólares aumentou 4,5% em uma taxa anual no primeiro trimestre, ou US$ 312,2 bilhões, para um nível de US$ 28,27 trilhões, o que representou uma revisão para cima de US$ 13,2 bilhões em relação à estimativa anterior.

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PCE e renda pessoal

O índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), uma medida de inflação acompanhada com atenção pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para definição da política monetária, subiu 3,4% no trimestre, uma revisão em alta de 0,1 ponto percentual ante o dado anterior.

Excluindo os preços de alimentos e energia, o núcleo o índice de preços PCE aumentou 3,7%, uma revisão em alta de 0,1 ponto percentual.

A renda pessoal em dólar corrente aumentou US$ 396,8 bilhões no primeiro trimestre, uma revisão para baixo de US$ 7,7 bilhões em relação à estimativa anterior.

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Esse aumento refletiu principalmente altas nas remunerações (liderados por salários privados) e nas receitas de transferência (liderados por benefícios sociais do governo).

A renda pessoal disponível, por sua vez, subiu US$ 240,2 bilhões, ou 4,8%, no primeiro trimestre, uma revisão para baixo de US$ 26,6 bilhões em relação à estimativa anterior. O rendimento pessoal disponível real aumentou 1,3%, uma revisão em baixa de 0,6 pontos percentuais.

Já a poupança pessoal foi de US$ 777,3 bilhões no primeiro trimestre, uma revisão para baixo de US$ 19,3 bilhões em relação à estimativa anterior. A taxa de poupança pessoal – poupança pessoal como percentagem do rendimento pessoal disponível – foi de 3,8% no primeiro trimestre, a mesma da estimativa anterior.