Os principais indicadores chineses referentes a maio e anunciados nesta segunda-feira (17) mostraram desempenhos díspares, com as vendas no varejo surpreendendo para cima, a produção industrial crescendo menos que o aguardado e o investimento em ativos fixos continuando a perder força. A taxa de desemprego, por sua vez, mostrou estabilidade.

Segundo os dados divulgados pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas, as vendas varejistas na China subiram 3,7% em maio ante o mesmo mês do ano passado, enquanto o consenso LSEG de analistas previa alta de 3%.

A venda total de bens de consumo somou 3,92 trilhões de yuans no mês (o equivalente a US$ 540,32 bilhões). Segundo a agência Xinhua, as vendas cresceram 4,1% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, para 19,52 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,74 trilhões).

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Já a produção industrial avançou 5,6% em maio ante maio de 2023, abaixo dos 6% esperados pelos analistas. Na comparação mensal, a produção industrial subiu apenas 0,3% ante abril e, no período de janeiro a maio, cresceu 6,2% ante os mesmo meses do ano passado.

A manufatura e os indicadores da indústria de alta tecnologia foram bem, mas o setor imobiliário puxou o índice geral para baixo.

O investimento em ativos fixos voltou a desacelerar em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, crescendo 4%, após variação de 4,5% em março e de 4,2% em abril. A estimativa dos analistas para o desempenho em maio era de uma alta de 4,2%.

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A Xinhua destaca que o investimento em ativos fixos subiu 4% no acumulado do ano, para 18,8 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,64 trilhões). Os aportes em infraestrutura aumentaram 5,7% em relação ao ano anterior, e o investimento em manufatura cresceu 9,6% no período, mas o investimento em desenvolvimento imobiliário caiu 10,1% entre janeiro e maio ante 2023.

A taxa de desemprego urbano manteve-se estável em 5% em maio, inalterada em relação a abril, e 0,2 ponto percentual abaixo da observada em maio do ano passado, mas dentro das projeções.