Continua após a publicidade...

“Temos a possibilidade de ser criteriosos e seletivos sim no que a gente vai investir”, afirmou Waldo Perez, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da CCR (CCRO3), em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney. A companhia teve participação pequena nos leilões de rodovias e mobilidade urbana realizados este ano, até agora. 

Continua após a publicidade...

“Em 2021, 2022, a gente ganhou quase tudo em leilões. Tinha menos competição, os projetos eram mais adequados”, disse o CFO. 

O executivo explica que a companhia faz análises internas sobre o retorno mínimo requerido de cada projeto e é “extremamente disciplinada” em perseguir esse critério. “Olhamos também para o perfil de risco de cada oportunidade”, complementa.  

Perez diz que a CCR “olhou extensivamente” para os ativos que foram leiloados este ano, como o trem intercidades (TIC) que vai ligar São Paulo a Campinas, no interior paulista, a linha 7 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Lote Litoral Paulista, de vias que ligam a região do Alto Tietê ao litoral sul do Estado. 

“Nossos times estão atentos, olhando todas as alternativas e discutindo a participação em leilões, ou sozinho, ou em consórcios”, explicou. “Dentre as opções, nos sentimos confortáveis em participar do leilão BR-040”, disse o executivo, citando o leilão de um trecho da rodovia em Minas Gerais, arrematado no mês passado pelo Grupo EPR. “Colocamos a nossa melhor proposta, mas infelizmente fomos o segundo colocado.” 

Sem pressa

O CFO diz que a CCR não tem pressa nem necessidade de ganhar novas concessões.

“A quantidade de oportunidades que existem no Brasil em infraestrutura e em particular no modal rodoviário e de mobilidade urbana é vasta. Só no modal rodoviário, o que está definido em nosso escopo como um todo são mais de R$ 120 bilhões em investimentos ainda a serem feitos e na mobilidade urbana, mais de R$ 50 bilhões. É muita coisa”, afirma.

A CCR avalia participação nos leilões de concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM, ainda este ano, e das linhas 10 e 14, que podem ocorrer em 2025. “Continuaremos disciplinados e vamos buscar novos negócios. A empresa quer crescer, mas de uma forma sustentável”, diz o executivo.

Questionado se a empresa se considera conservadora em alocação de capital, como dizem alguns analistas, o CFO rebateu. “Não sei se a palavra seria conservador. Somos responsáveis. O capital é precioso, é o dinheiro do nosso acionista que quer investimentos adequados”.

Investimentos além dos leilões

Além dos leilões, Perez diz que a CCR prevê investimentos na extensão de concessões que a companhia já possui hoje. 

“São extensões que podem vir a acontecer nas linhas 4 e 5 [do metrô] aqui em São Paulo, nas linhas 1 e 2 do metrô da Bahia. São altamente representativas de valor de investimento, com retorno adequado. Conhecemos bem os ativos e os riscos extremamente bem”, afirmou.

Em sua participação no Por Dentro dos Resultados, Waldo Perez também falou sobre os negócios adjacentes da CCR, que também está investindo em energia e real state, além do plano de reciclagem de ativos da companhia.  

Assista à íntegra da entrevista:

The post CCR nega conservadorismo em leilões: “somos responsáveis”, diz CFO appeared first on InfoMoney.